
Um dos mais abrangentes documentos internacionais lançados na área, é a Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), cujo aspecto inovador consiste na retomada de decisões sobre a ampliação do conceito de necessidades educacionais especiais e no encaminhamento de diretrizes básicas para a formulação e a forma de políticas e sistemas educacionais.
No que diz respeito ao conceito de necessidades educacionais especiais, a Declaração afirma:
"durante os últimos quinze ou vinte anos, tem se tornado claro que o conceito de necessidades educacinais especiais teve de ser ampliado para incluir todas as crianças que não estejam conseguindo se beneficiar com a escola, seja por que motivo for." (p.15)
Dessa maneira, o conceito de necessidades educacionais especiais passou a incluir, além de crianças com deficiência, aquelas que estão experimentando dificuldades temporárias ou permanentes na escola, as que estão repetindo continuamente o ano escolar, as que são forçadas a trabalhar, as que vivem nas ruas ou que moram distantes de qualquer escola, as que vivem em condições de extrema pobreza ou que sejam desnutridas, as que são vítimas de guerra e conflitos armados, as que sofrem abusos contínuos físicos, emocionais ou sexuais, ou as que estão fora da escola, por qualquer motivo que seja.
Um comentário:
Oi Márcia, interessante o teu comentário e essa nota que colocaste sobre a Declaração de Salamanca; os textos disponíveis nos fazem refletir: vamos "incluir" para excluir? Quem são os "excluídos" da educação? Um abraço, Bia
Postar um comentário